"Um mar de rosas nas veredas do sertão": Manifesto da Flores rumo à Rio + 20

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Manifesto da Flores rumo à Rio + 20

Que as hostilidades dêem lugar ao Manifesto das Flores ( Severino Iabá )

Em preparação as comemorações dos 10 anos de criação e lançamento do Projeto de arte pública “Manifesto das Flores”, ocorrido no Parque das Mangabeiras, em Belo Horizonte, no ano de 2003, artistas e simpatizantes do projeto realizarão intervenções urbanas em diversos pontos da cidade do Rio de Janeiro, nos dias 21 e 22 de junho, durante a Conferência da Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (a Rio +20).

Parque das Mangabeiras / Belo Horizonte/ 2003

O projeto realizará distribuições e “plantios” de rosas brancas, feitas em papel crepom. As intervenções artísticas ocorrerão em diversos pontos da cidade, entre eles, a praia de Copacabana, Rio Centro, Aterro do Flamengo,e a Praça da Cinelândia.

PROGRAMAÇÃO

Dia 21/06 ( quinta-feira)

10:00 - Areias da Praia de Copacabana – em frente ao Copacabana Palace Hotel. ( concentração a partir das 9 horas);

14 : 00 – Praça da Cinelândia;

16 horas – Pavilhão Azul - Território do Futuro - Aterro do Flamengo;

Dia 22 de junho (sexta-feira)

10:00 - Entrada de acesso ao Rio Centro – Barra da Tijuca;

16:00 – Monumento Cristo Redentor - Alto da Boa Vista

Cordisburgo / MG / 2006

O PROCESSO

Durante os meses de maio e junho, artistas e simpatizantes do projeto de arte pública Manifesto das Flores da Região metropolitana de Belo Horizonte se irmanaram na construção de um grito contra as hostilidades planetária , cujo eco invadirá o Rio de janeiro com a participação de moradores e participantes da Rio + 20.

Para isso, artistas e simpatizantes do projeto, sob orientação do Grupo Jirau, formados pelos artistas Severino Iabá, Eliane Velozo e Jorge Dissonância , refletiram sobre a Rio + 20 e confeccionaram milhares de rosas de papel crepom brancas para serem utilizadas nas intervenções urbanas o no Rio de janeiro nos dias 21 e 22 de junho. Além destes. tiveram uma participação especial escolas municipais Kássio Vinícius , Waldemar d' Luz Gonçalves e Maria Elena da Cunha Braz de Betim/MG e Ana Alves Teixeira de Belo Horizonte/MG.

Saiba como participar do projeto Manifesto das Flores e de suas intervenções urbanas no Rio de Janeiro, com (031) 99519684 ou severinoiaba@yahoo.com.br.

Parque Municipal/ Belo Horizonte/ 2003

CRÍTICA DE ARTE

Sobre o Manifesto das Flores, em 2004, o jornalista Morgan da Motta, da Associação Brasileira e Internacional de Críticos de Arte, publicou, no jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte: “Desde a Semana de Arte de Vanguarda, realizada com a inauguração da Fundação Cloves Salgado (Palácio das Artes), e os Domingos de Criação, no Rio de Janeiro, sob a curadoria do crítico de arte Frederico de Morais - não se via nada tão consistente e atraente em nível de apropriação e arte conceitual. Essa proposta de criações coletivas, que fez ressoar por toda cidade um grito contra a violência e a exclusão, sem dúvida nenhuma, foi o que melhor aconteceu de mais importante no Brasil.

O PROJETO DE ARTE PÚBLICA

Manifesto das Flores é um projeto de arte pública idealizado em 1998 pelo artista plástico Severino Iabá e lançado em 2003 com a participação de artistas, estudantes e educadores nos jardins do Parque das Mangabeiras de Belo Horizonte. Todo processo resultou na construção coletiva de uma instalação artística intitulada “Pra não dizer que não falei das Flores”, composta de 50 mil flores brancas e numa grande manifestação contra a Guerra no Iraque, a violência e a exclusão social no Brasil.

Segundo Iabá, trata-se é uma arte de intervenção na dinâmica socio-cultural e ambiental das cidades do mundo. Um projeto em processo, onde as ações são articuladas entre diversos atores e realizadas com a participação do todos.

Entre 1993 e 1996 foram produzidas e plantadas coletivamente cerca 100 mil rosas brancas de papel nos estados de Minas Gerais,São Paulo e Pernambuco.

Abaixo, imagens de algumas oficinas, intervenções e performances realizadas no Brasil pelo Manifesto das Flores.

Um comentário:

amores disse...: Parabéns... Sucessos sempre pelo lindíssimo trabalho. Beijos da admiradora do seu trabalho Professora Grhazy -Rede de Betim -Mg; 20 de maio de 2012 às 12:48

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"Cabeça de Boi" - foto acima

Foto acima: instalação de arte intitulada de"Cabeça de Boi" na Praça da Matriz de Cordisburgo-MG. Foi construída em 2006 com 20 mil rosas de papel crepom durante a realização da operação de arte"Rosas para o Rosa" pelo projeto de arte publica "Manifesto das Flores", lançado em Belo Horizonte em 2003. Participaram do processo de criação dessa obra moradores,estudantes,visitantes e artistas da cidade. Foi com base nesta experiência coletiva de arte contemporânea e nas histórias de bois do livros de Guimarães Rosa, que o artista plástico Severino Iabá, criou o folguedo do Boi Rosado, em 2008, ano do centenário de nascimento de Guimarães Rosa.

CHAMADA GERAL

Atividades comemorativas dos 10 anos do rpojeto de arte pública Manifesto das Flores _ doação de mudas nativas e oficinas de confecção de rosas do manifesto. Ver programação no

Informações - Fone: 91711314 ( Severino Iabá)

E-mail - severinoiaba@gmail.com

CAMINHOS DO ROSA

A criação deste blog objetiva compartilhar com o mundo as experiências dos envolvidos na operação de arte “Rosas do Mundo” do projeto de arte pública Manifesto das Flores . Esta operação foi idealizada pelo artista plástico Severino Iabá em 2006 no município de Cordisburgo-MG, durante as comemoração do cinqüentenário de lançamento dos livros Grande Sertões:Veredas e Corpo de Baile de Guimarães Rosa.

Em 2008 , ao celebrarmos o centenário de nascimento de Guimarães Rosa, a operação " Rosas do Mundo", realizou inúmeras intervenções nas cidades de Surubim(PE) Belo Horizonte, Contagem e Cordisburdo(MG). Todo o processo que foi construído coletivamente sofreu vários desdobramentos, resultou, dentre outras coisas, na criação das oficinas "Ciranda das Rosas", do "Boi Rosado" e da "Coroa Roseana".

Participaram desse processo criativo artistas como, Eliane Velozo,Severino Iabá,Marina Mípus, Vitor Silva,Letícia Reis , Jorge Dissoanância e outros. Atualmente, a operação "Rosa do Mundo" continua em andamento através principalmente de seus simpatizantes espalhados Minas Gerais .

Histórico do Boi Rosado

O Boi Rosado é um dos desdobramentos de um longo processo de criação coletiva do projeto de arte pública “Manifesto das Flores”, lançado em Belo Horizonte, em 2003.Este Boi foi concebido na operação de arte “Rosas para o Rosa” realizada em Cordisburgo-MG, em 2006, durante as comemorações do cinqüentenário de lançamento dos livros Grande Sertão: Veredas e Corpo de Baile, de João Guimarães Rosa.

Em 2008, numa oficina de arte da operação "Rosas do Mundo" em homenagem ao centenário de nascimento de Guimarães Rosa, o artista com alunos e pais de uma escola municipal da região metropolitana de Belo Horizonte embalados pelos cantos do Coral das Lavadeiras de Almenara e Carlos Farias e dos ritmos de forró de Rubinho do Vale e Luiz Gonzaga materializaram a idéia de criação do Boi após apropriarem-se de um bumba-meu-boi abandonado em uma outra escola da região. O nome Boi Rosado, foi uma homenagem ao Guimarães Rosa, visto que foram os desenhos e histórias de bois nas obras desse escritor os principais elementos inspiradores do artista plástico Severino Iabá.

A saga do Boi Rosado é ainda um mistério guardado pelo artista. O que se sabe até o momento é que o Boi Rosado nasceu nos Sertões das Minas Gerais tornando-se famoso na sua região e no mundo, mesmo depois de desencantado, por suas façanhas, dentre elas, a de invadir as festas populares do sertão para dançar.

Segundo seu criador, o Boi Rosado foi resultado do encontro apaixonante e poético entre dois mundos: o do escritor Guimarães Rosa e o do artista Severino Iabá . Para ele “Sua história dialoga, não apenas com as obras de João Guimarães Rosa e outros escritores, como Ariano Suassuna e Câmara Cascudo, mas também com algumas contradições de nosso tempo, como por exemplo, a devastação do cerrado brasileiro. Por isso, em suas performances sempre doa mudas de árvores ao público.

Hoje o Boi Rosado, depois de suas façanhas por Minas Gerais guiado pela sua estrela e acompanhado por seus amigos simpatizantes, continua incorporando elementos culturais relacionado ao sertão de Minas.

Seus presença traz a alegria , espanta e encanta a todos por onde passa com seus reboliços compostos de muitos arremedos, danças e brincadeiras.

Aparições do Boi Rosado

Suas primeiras aparições se deram com a participação de seus criadores em duas escolas municipais de Contagem e Betim/MG. Em seguida, na Festa do Centenário de Nascimento de Guimarães Rosa em Cordisburgo-MG, no Parque Municipal , Praça da liberdade e Museu Mineiro de Belo Horizonte. No ano seguinte no carnaval sobre as águas do rio São Francisco em Felixlândia-MG. No projeto “Paz e Poesia” realizada Feira de Artesanato da Av. Afonso Pena. No I Arraial do Boi Rosado, Festival de Folclore e Arte Popular do SESC e no Natal da ARRUMAÇÃO , realizados no Parque municipal de Belo Horizonte. Nas ruas dos bairros Floresta e Barreiro e Conjunto Califórnia de Belo Horizonte. Recentemente, na Festa Julina do Instituto Imersão Latina realizada em Itabirito/MG.

CIRANDA DAS ROSAS

Oficina de arte multicultural que transita pela literatura, a dança e a confecção de rosas de papel crepom. Em 2008, várias oficinas foram realizadas pelo Projeto Manifesto das Flores em diversos espaços públicos durante a operação de arte "Rosas do Mundo" em homenagem ao centenário de nascomento do Guimarães Rosa. Foi em uma dessas oficinas realizada em abril de 2008 que nasceu o Boi Rosado. Abaixo uma das oficinas, cujo processo resultou no nascimento do Boi Rosado e suas Parteiras.

COROA ROSEANA

Coroa cofeccionada de papel crepom rosa , arame, cola quente e fita de cetim. Foi criada em 2006, no " Rosas de Abril" para homenagear a cantora Dona Jandira. Depois a pedido do poeta Wilmar Silva, foi aperfeiçoda pelo artista e utilizada durante a operação " de arte "Rosas do Mundo". A coroa foi lançada em Cordisburgo-MG durante a Semana Roseana de 2008. Na ocasião várias pessoas que a anos dedicam-se à vida cultural da cidade foram homenageadas e coroadas em público pelo Projeto. Abaixo Grupo Miguilim após coroação no final da caminhada Eco-literária.

GUIMARÃES ROSA

Primeiro dos sete filhos de Florduardo Pinto Rosa ("Fulô") e D. Francisca Guimarães Rosa ("Chiquitinha"), João Guimarães Rosa nasceu em 27 de junho de 1908, em Cordisburgo, a qual chamava “Cidade do Coração”. Tendo atuado como médico e diplomata, Guimarães Rosa destacou-se, mundialmente, por seu trabalho literário, utilizando técnica de linguagem peculiar, que valorizava as expressões regionais e compunha um novo vocabulário. O Museu Casa Guimarães Rosa, criado em 1974, em homenagem ao escritor, dá início às homenagens aos 100 anos de Rosa, reafirmando-se como agente de movimentação cultural da cidade e guardião da memória deste grande nome da literatura brasileira e internacional. “O Centenário vem marcar a importância de Guimarães Rosa como filho mais ilustre de Cordisburgo”, resume, Ronaldo Alves, diretor do Museu. Abaixo o escritor e uma de suas obras.

MANIFESTO DAS FLORES

“Manifesto das Flores, projeto de arte pública idealizado em 1998 pelo artista plástico Severino Iabá e lançado em 2003 com a participação de artistas, estudantes e educadores nos jardins do Parque das Mangabeiras de Belo Horizonte, através de uma instalação intitulada “Pra não dizer que não falei das Flores”. Esta intervenção artística resultou num manifesto contra a Guerra no Iraque, a violência e a exclusão social no Brasil. Segundo Iabá, trata-se é uma arte de intervenção na dinâmica socio-cultural e ambiental das cidades do mundo. Um projeto em processo, onde as ações são articuladas entre diversos atores e realizadas com a participação do todos. Entre 1993 e 1996 foram produzidas e plantadas coletivamente cerca 100 mil rosas brancas de papel nos estados de Minas Gerais,São Paulo e Pernambuco.

CRÍTICA DE ARTE

Em 2004, assim se expressou o jornalista e crítico de arte Morgan da Motta: “Desde a Semana de Arte de Vanguarda, realizada com a inauguração da Fundação Cloves Salgado (Palácio das Artes) e os Domingos de Criação, no Rio de Janeiro, sob a curadoria do crítico de arte Frederico de Morais - não se via nada tão consistente e atraente em nível de apropriação e arte conceitual. Essa proposta de criações coletiva, que fez ressoar por toda cidade um grito contra a violência e a exclusão, sem dúvida nenhuma, foi o que melhor aconteceu de mais importante no Brasil.”